Thursday, January 26, 2006



O Goddard Institute for Space Studies da NASA (National Aeronautics and Space Administration), a agência espacial dos Estados Unidos, publicou a sua análise anual das condições de temperatura global e concluiu que 2005 foi o ano mais quente até hoje registrado desde o início dos registros meteorológicos. A equipe de profissionais da Rede de Climatologia Urbana de São Leopoldo publica a seguir, com exclusividade no Brasil, a íntegra do estudo da NASA traduzido para o Português.
Análise da Temperatura de Superfície pelo GISS

Tendências da Temperatura Global: Sumário de 2005
A maior temperatura global em mais de um século de registros meteorológicos por instrumentos foi registrada no ano-calendário de 2005, conforme a análise anual do GISS. Entretanto, a margem de erro dos dados implica dizer que 2005 se encontra numa situação de virtual empate com 1998, até então o ano mais quente já observado.
Nossa análise, resumida na figura 1 abaixo, se vale de procedimentos documentos para apuração de dados em superfície (1), medidas de temperatura da superfície do mar desde 1982 (2), e uma análise a partir de embarcações dos anos anteriores (3). Nosso erro estimado (2σ, 95% de confiança) em comparação aos anos próximos, como 1998 e 2005, aumenta de 0,05ºC nos últimos anos para 0,1ºC no começo do século XX. As origens dos erros se localizam em cobertura incompleta de estações meteorológicas e estimativas parcialmente subjetivas dos problemas na qualidade dos dados (4).

Figura 1: Temperatura anual da superfície global relativa à média de 1951-1980 e baseada em medidas da temperatura do ar em superfície em estações meteorológicas e navios e em medidas por satélite para a temperatura da superfície do mar. As margens de erro são estimadas em 2σ (95% de confiabilidade).


Figura 2: Anomalias de temperatura no ano-calendário 2005

O aquecimento recorde de 2005 é notável, porquanto a temperatura global não sofreu nenhum impacto do fenômeno El Niño. O ano recorde anterior, 1998, ao contrário, ficou 0,2ºC acima da linha de tendência devido ao mais intenso El Niño do século passado.
O aquecimento global agora é de 0,6ºC nas últimas três décadas e de 0,8ºC no decorrer do último século. Não é mais possível dizer com correção que a maior parte do aquecimento se deu antes de 1940. Mais especificamente, houve um lento aquecimento global com grandes flutuações no século passado até 1975 e a seguir se produziu um rápido aquecimento de quase 0,2ºC por década.



Figura 3: Índice de mudança de temperatura desde 1950 numa resolução sazonal, para o globo (acima) e baixas latitudes (abaixo). Semicírculos azuis indicam episódios de La Niña, retângulos vermelhos eventos de El Niño, e triângulos verdes assinalam períodos de grandes erupções vulcânicas.

O recente aquecimento coincide com o rápido aumento dos gases de emissão humana do efeito estufa. Modelos climáticos mostram que a taxa de aquecimento é consistente com as expectativas (5). O rápido aquecimento observado, ademais, reforça a urgência das discussões sobre como reduzir a emissão dos gases do efeito estufa (6).
O mapa mostra que o aquecimento atual é generalizado e maior em latitudes mais elevadas do Hemisfério Norte. Nosso ranking de 2005 como mais quente que 1998 é resultado basicamente da grande anomalia positiva do Ártico. Excluindo a região ao norte de 75 graus norte, o ano de 1998 é mais quente que 1995. Se excluído todo o Oceano Ártico, o ranking de 2005 possivelmente seria ainda menor.
Nossa análise difere de outras pela inclusão de valores de temperatura estimados em até 1.200 quilômetros do ponto mais próximo de medição (7). A extrapolação e interpolação resultantes são precisas para anomalias de temperatura em escalas sazonais e de mais longo prazo em médias e altas altitudes, onde a escala espacial de anomalias é desencadeada por ondas Rossby (7). Além disso, acreditamos que o impressionante aquecimento do Ártico em 2005 é real e a inclusão de temperaturas estimadas do Ártico é a razão primeira para a figuração de 2005 como o ano mais quente no ranking. Outras características da nossa análise estão resumidas nas notas de rodapé.



Figura 4: Mudança da temperatura sazonal em escala global nos últimos 50 anos com base nas tendências locais lineares.


Figura 5: Mudança da temperatura sazonal em escala global nos últimos 50 anos por períodos do ano (trimestres)

A figura 3 mostra o índice de temperatura em resolução sazonal para o globo e latitudes baixas (23.6ºN – 23.6ºS). A temperatura em baixas altitudes claramente revela a ocorrência de significativos episódios de El Niño, especialmente os de 1969, 1972-3, 1983 e 1998. A quase regularidade dos recentes eventos de El Niño em intervalos de a cada quatro anos (houve um El Niño fraco em 2002) sugere a probabilidade de um El Niño em 2006 ou no mais tardar 2007. Neste caso, o recorde de temperatura global quase certamente será quebrado.
A figura 4 mostra as mudanças de temperatura anuais e sazonais nos últimos 50 anos. Os mais importantes aquecimentos ocorreram no Alaska, Sibéria e na Península Antártica. A maioria das áreas oceânicas se tornaram mais quentes. A localização remota das áreas com maiores anomalias positivas de temperatura torna claro que o aquecimento não é resultado de influência local urbana.

— J. Hansen, R. Ruedy, M. Sato, and K. LoNASA Goddard Institute for Space Studiesand Columbia University Earth InstituteNew York, NY 10025, USA

Referências e Notas

1. Hansen, J.E., R. Ruedy, Mki. Sato, M. Imhoff, W. Lawrence, D. Easterling, T. Peterson, and T. Karl 2001. A closer look at United States and global surface temperature change. J. Geophys. Res. 106, 23947-23963, doi:10.1029/2001JD000354.
2. Reynolds, R.W., and T.M. Smith 1994. Improved global sea surface temperature analyses using optimum interpolation. J. Climate 7, 929-948, doi:10.1175/1520-0442(1994)007<0929:igssta>2.0.CO;2.
3. Rayner, N.A., D.E. Parker, E.B. Horton, C.K. Folland, L.V. Alexander, D.P. Rowell, E.C. Kent, and A. Kaplan 2003. Global analyses of sea surface temperature, sea ice, and night marine air temperature since the late nineteenth century. J. Geophys. Res. 108, 4407, doi:10.1029/2002JD002670.
4. Hansen, J., R. Ruedy, J. Glascoe, and Mki. Sato 1999.
GISS analysis of surface temperature change. J. Geophys. Res. 104, 30997-31022, doi:10.1029/1999JD900835.
5. Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), Climate Change 2001: The Scientific Basis, J.T. Houghton et al., Eds. (Cambridge Univ. Press, New York, 2001).
6. Hansen, J. 2005.
Is There Still Time to Avoid "Dangerous Anthropogenic Interference" with Global Climate? A Tribute to Charles David Keeling (5.5 MB PDF). Presentation given Dec. 6, 2005, at the American Geophysical Union, San Francisco.
7. Hansen, J.E., and S. Lebedeff 1987.
Global trends of measured surface air temperature. J. Geophys. Res. 92, 13345-13372.
8. Análises das mudanças da temperatura global se alteram entre diferentes grupos. Particularmente, a nossa (NASA GISS), a do NOAA National Climate Data Center (NCDC), e a combinação do British Meteorological Office e da University of East Anglia (BMO/UEA) estão muito próximas, como visto na referência 5. O ranking de anos indivisualizados, entretanto, depende de diferenças de centésimos de um grau, o que é menor que a precisão que qualquer método pode atingir devido às limitações observacionais. Uma importante fonte de diferenças é a tentativa no método do GISS de estimar as anomalias de temperaturas para todas as áreas com estações num raio de 1.200 km, usando um peso para estas estações que decresce linearmente com a distância. Em qualquer ponto em que a anomalia de temperatura é estimada deste modo, a anomalia pode ser substancialmente errada, mas a maior cobertura geralmente permite uma melhor estimativa das anomalias da temperatura global, pelo que foi possível concluir com teses realizados com dados completos espaciais e temporais por um modelo de circulação geral. Porém, em alguns casos, o método pode aumentar o erro por atribuir um peso indevido para uma estação isolada com temperature anômala. Uma outra fonte de diferença é o método de indicação da média mundial, a partir do fato que os dados não estão disponíveis em todos os lugares. No método do GISS, dividimos a Terra em quatro cinturões de latitude. Em cada cinturão, a região com dados recebe um determinado peso. A anomalia é então calculada para todo o cinturão a partir dos dados daquela região. A anomalia global se calcula a partir da média e o peso dos quatro cinturões. Este método atribui peso igual aos hemisférios, mas se um dos cinturões tem poucos dados e acaba não sendo representative de toda a região, um erro expressivo pode ocorrer. Os dados terrestres (estações meteorológicas) são muito homogêneos, mas não idênticos. Nossa perspectiva faz uso dos dados do GHCN (Global Historical Climatology Network), ajustando os dados das estações urbanas de forma que estes dados a longo prazo encontrem consonância com as estações rurais, com a distinção entre áreas urbanas e rurais sendo feitas ou pela população ou pela luzes noturnas registradas por satélite. Nossos dados oceânicos se baseiam na análise "OI" de Reynolds e Smith (2) para o período de dados de satélite, isto é, depois de 1982. Os dados anteriores são de Rayner et al. (3). Estes dois registros dos oceanos são combinados ao se trabalhar com anomalies para ambas seqüências e definindo anomalias relativas a um período comum, especificamente 1982-1992.

Trabalho traduzido pela Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo. É vedada a reprodução sem a menção expressa da fonte.

FONTE: Disponível em: <http://www.estiagem.com.br/website/default.asp?CodArea=53&Secao=86&Subsecao=279>. Acesso em: 26 jan. 2006.

Clima: Onda de frio castiga a Europa.

Em 24 horas, mais de 50 pessoas morreram na Ucrânia
Kiev

É tão intenso o frio na Europa que em menos de 24 horas, entre terça-feira e ontem, 53 pessoas morreram apenas na Ucrânia. Desde que as temperaturas caíram no país - a média da última semana ficou em -30ºC -, 103 pessoas já perderam a vida.
O drama é mais intenso no leste do continente. Em Atenas, na Grécia, a Acrópole, um dos lugares mais procurados pelos turistas, teve de ser fechada ontem devido a tempestades de neve. Nevascas no país deixaram cerca de 400 vilarejos isolados. Alguns portos na região também tiveram as atividades interrompidas devido aos fortes ventos. Para evitar mais mortes, estações de metrô e salas de espera de estações de trem funcionam emergencialmente como abrigo para moradores de rua.
O frio também causa estragos nos países escandinavos - onde centenas de pessoas já foram hospitalizadas com hipotermia -, na Romênia e na Turquia. Neste último, a neve isolou mais de 10 mil povoados em diferentes regiões. Segundo os veículos de comunicação locais, a situação levou as autoridades a criar centros de crise em várias províncias. Em Miercurea Ciuc, na região central da Romênia, a temperatura chegou a -32ºC na noite de segunda-feira, enquanto em quase todo o país, exceto no oeste, os termômetros marcam entre -24ºC e -26ºC. Cerca de 50 escolas fecharam as portas.
Na Ucrânia, o consumo de gás bate todos os recordes, e os aquecedores elétricos já não são mais encontrados.
- Quando fui trabalhar, os assentos do ônibus estavam praticamente cobertos de gelo, e tive de ficar de pé - contou Ganna, funcionária de uma indústria química.

Enquanto em Istambul (acima) a neve dificulta o trânsito de pedestres, no interior da Turquia ela já isolou mais de 10 mil povoados

FONTE: Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/>.
Acesso em: 26 jan. 2006.

Clima: O planeta arde.

HUMBERTO TREZZI E ITAMAR MELO

Como um grande organismo com febre, a Terra teve em 2005 o ano mais quente da história. Desde o início dos estudos climáticos modernos, em 1880, o planeta não registrava uma temperatura média tão alta. No ano passado, foi 0,6 grau acima da temperatura média do século 20, de 13,8ºC - esta média planetária é relativamente fria porque inclui o clima noturno e o dos pólos Norte e Sul.
A notícia é da Nasa, a agência espacial norte-americana, cujo Instituto Goddard de Estudos Espaciais, sediado em Nova York, é especializado em clima. Como não existiam medições anteriores ao século 19, os cientistas não hesitam em dizer que o calorão de 2005 foi um recorde.
- Usando medições indiretas, já que não registrávamos o clima nestas épocas, penso que é justo dizer que vivemos em 2005 o ano mais quente em alguns milhares de anos - define Drew Shindell, responsável pelo estudo do Instituto Goddard.
A investigação foi baseada em medições por satélite, estações terrestres e navios.
O recorde quebrado em 2005 nem é a pior surpresa. O estudo do Instituto Goddard revela um fato ainda mais atemorizante: os anos com maior média de temperatura da história conhecida são, pela ordem, 2005, 1998, 2002, 2003 e 2004. Traduzindo, o planeta sofreu neste início de milênio um aquecimento avassalador.
O mais incrível é que esta elevação contínua até 0,6 grau acima da média secular aconteceu nos últimos 30 anos, o que representa uma curva abrupta de calor. De acordo com o levantamento da Nasa, se na primeira metade do século a temperatura média subia e descia alguns décimos de grau centígrado, desde 1970 ela apenas sobe, sem dar sinal de baixa. Cientistas discordam sobre aquecimento natural É injusto dizer que o planeta inteiro aqueceu em 2005. A temperatura subiu mais de três graus acima da média secular em algumas regiões, como o Pólo Norte. Sofreu aquecimentos acima da média no coração da África e da América do Sul, mas também esfriou em regiões como a Europa e os Estados Unidos. Na média, aqueceu mais do que esfriou.
A comunidade científica está dividida. Grande parte acha que o aquecimento é natural, que a Terra passa por ciclos históricos e vive no momento um período mais quente.
Outros pesquisadores pensam que o atual ciclo é artificial, provocado pelo efeito estufa e não tende a diminuir. É o caso do autor do estudo divulgado pela Nasa. Shindell acredita que o aquecimento se deve a gases como o dióxido de carbono, o metano e o ozônio, a partir da queima de combustíveis fósseis. A previsão dele é de que o planeta registre neste século um aumento de três a cinco graus na temperatura média.
Cátia Valente, da Central de Meteorologia e mestre no assunto, acredita que só o tempo solucionará este dilema. Mas alguns especialistas arriscam palpites.
- Pode ser uma onda natural de calor, mas é coincidência demais sete anos seguidos de subida da temperatura. Se nos próximos anos a média continuar subindo, temos sérios motivos para alarme - pondera o cientista paulista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e doutor em Meteorologia pelo Massachussets Instituto of Tecnology (MIT), dos Estados Unidos.
O número
Conforme medições da Nasa, em 2005 a temperatura foi 0,6 grau acima da média registrada no século 20, de 13,8°C
FONTE: Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/>. Acesso em: 26 jan. 2006.

Wednesday, January 25, 2006

Aquecimento Global

NASA diz que 2005 foi o ano mais quente registrado até hoje no planeta



A agência espacial norte-americana divulgou comunicado informando que 2005 foi o ano mais quente no planeta desde o início dos registros em 1890. Segundo a NASA, 2005 também foi surpreendentemente quente no Ártico. Todos os cinco anos mais quentes desde 1890 ocorreram na última década, conforme a análise feita pelo Instituto Goddard de Estudos Espaciais. A Climatologia Urbana de São Leopoldo está elaborando um material especial com muitos gráficos e ilustrações sobre o estudo da NASA que será publicado na noite de hoje. Faça uma nova visita ao site nesta quinta-feira e confira todos os detalhes do estudo.
FONTE: Disponível em: <http://www.estiagem.com.br/website/default.asp>. Acesso em: 25 jan. 2006.

Friday, January 20, 2006

As espécies exóticas: o que podem fazer

O que é uma espécie exótica?
São consideradas "espécies exóticas" todas aquelas originariamente pertencentes à outra região. São inseridas noutro ecossistema por acidente, desinformação, episódios geológicos – movimentação de placas tectônicas e terremotos. Quando são colocadas num ecossistema diferente do original as "espécies exóticas", podem adaptar-se ou não.
As espécies exóticas podem se transformar nos predadores locais ou se reproduzirem de forma desordenada por não contarem com predadores de costume. As espécies exóticas podem ser vegetais ou animais.
O próprio termo “exótico” pode ajudar-nos numa associação: EXÓTICO = exterior, de fora, diferente.
Frequentemente, na parte chamada de Biogeografia, são elaboradas questões sobre as espécies. As "exóticas", que muitas vezes causam transtornos, são as preferidas nessas questões...
Em Porto Alegre temos um ótimo exemplo que pode ser usado: sendo assim atenção no vestibular!

Obs: Nunca, mas nunca mesmo traga "bichinhos" de outro país para cá...
Veja o exemplo abaixo:


O mexilhão-dourado foi trazido da China nos tanques dos navios.

"Ambiente
Praga avança pela Bacia do Guaíba Depois de entupir canos na Capital, mexilhão-dourado se espalha
SÍLVIA LISBOA Um pequeno molusco chinês que desafia as autoridades da Capital há mais de cinco anos avança pela Bacia do Guaíba e deverá levar dor-de-cabeça aos responsáveis pelo abastecimento em outras cidades no Estado. Trata-se do mexilhão-dourado, invasor dos rios que forma colônias e pode danificar barcos e obstruir os pontos de captação de água.
Impróprio para o consumo humano, o molusco subiu o Rio Taquari até o porto de Estrela e, em breve, deverá chegar ao Rio Pardo pelo Jacuí. Na região, apenas os rios Gravataí e Sinos não estão infestados pelo molusco devido à poluição, de acordo com o monitoramento da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), em outubro de 2005.
Pescadores e biólogos também estão preocupados com a proliferação do mexilhão na Lagoa dos Patos e com a mortandade de plantas aquáticas nas encostas dos rios, um indício de desequilíbrio ambiental.
Na Capital, há três anos a praga que entope canos e tubulações pôs em alerta o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Nos últimos 25 dias, uma dupla de mergulhadores tem entrado nas canalizações para fazer a limpeza com bombas especiais e impedir que a captação de água seja comprometida. O emprego de mergulhadores contra o molusco começou há seis anos.
Das oito estações de Tratamento de Água (ETA) do Dmae, apenas os canos e as grades de retenção de uma delas não estão infestados por colônias do mexilhão. Em um dos problemas mais graves, metade de uma canalização de 1,4 metro de diâmetro estava obstruída.
- É uma preocupação muito séria. Uma canalização entupida não agüenta um pico de consumo - afirma Renato Rossi, diretor da Divisão de Tratamento de Água do Dmae.
Proliferação do bicho dificulta o trabalho dos mergulhadores
Antes, mergulhadores profissionais, munidos de cestas e espátulas, conseguiam remover os mexilhões-dourados dos canos sem grandes esforços. Com a proliferação, o método se tornou ineficaz. Os moluscos têm uma formação calcária e produzem uma espécie de cola que, em pouco tempo, uma colônia da praga se torna tão dura quanto uma rocha.
Em junho e novembro do ano passado, o Dmae comprou duas bombas aspiradoras, de R$ 50 mil cada, para reforçar o trabalho dos mergulhadores. Em cada operação, são retirados, em média, dois metros cúbicos do mexilhão, suficiente para encher uma caçamba de tele-entulho.
- Gastamos mais de R$ 300 mil em 2005 para pagar mergulhadores - declara Rossi."
(FONTE: Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/>. Acesso em: 20 jan. 2006)

Thursday, January 19, 2006

Garota de 11 anos sugeriu o nome de Plutão

Paul Rincon

Venetia Phair não é um nome imediatamente associado à astronomia.

Mas a professora aposentada de Epson, Surrey, na Grã-Bretanha, deixou sua assinatura no mapa de nosso Sistema Solar.

Venetia Phair ajudou a batizar o planeta Plutão

Em 1930, com apenas 11 anos, Venetia Phair (hoje ela tem 87) sugeriu o nome Plutão para o recém-descoberto nono planeta, para o qual a agência espacial americana, Nasa, está lançando uma missão.
Plutão, o deus romano para do submundo, se mostrou um nome apropriado para o planeta enigmático, que está nos limites do Sistema Solar.

Mitológico

O nome proposto pela então aluna de Oxford foi aproveitado no Observatório Lowell, em Flagstaff, Arizona, onde o planeta foi descoberto pelo jovem astrônomo americano, Clyde Tombaugh.

"Na época eu tinha muito interesse em lendas e mitos gregos e romanos. Quando estava na escola, costuma brincar no parque da universidade, colocando, acho que eram torrões de barro, na distância certa para representar as distâncias dos planetas em relação ao Sol", disse Venetia Phair.

Venetia Phair aos 11 anos

"Algumas das distâncias eu me lembro, mais ou menos, então foi, provavelmente, uma boa lição que tive", acrescentou.
Na manhã de 14 de março de 1930, a jovem Venetia Burney estava tomando o café da manhã na sala de jantar de sua casa no norte de Oxford, onde morava com seu avô, Falconer Madan.
Madan, que era um bibliotecário aposentado, estava com ela lendo o jornal The Times e mostrou à neta o artigo que falava sobre a descoberta do novo planeta.

Sugestão

"Ainda consigo visualizar a mesa e a sala, mas lembro pouca coisa da conversa que tivemos", disse Phair.
O artigo mencionava que o planeta ainda não tinha sido batizado, o que levou Venetia Burney a sugerir um nome.
O avô dela, Madan, se impressionou tanto com a sugestão, Plutão, que foi falar sobre isso com seu amigo, Herbert Hall Turner, professor de astronomia na Universidade de Oxford, e um dos líderes do esforço mundial para produzir um mapa astronômico.
"Foi uma sorte incrível. Primeiro, tive a sorte de ter um avô que gostava do assunto e conhecia o professor Turner. E foi uma extrema sorte que o nome estava lá. Praticamente não existiam nomes da mitologia clássica que não tinham sido usados. Se eu pensei no obscuro e sombrio Hades, não tenho certeza", disse Phair.
O tio-avô de Phair, Henry Madan, sugeriu os nomes de Phobos e Deimos para as luas de Marte.
Mesmo aposentado, Falconer Madan continuava a visitar a biblioteca Bodleian, onde trabalhou, devido ao seu interesse no autor Lewis Carroll e para visitar ex-colegas.
"Ele foi até a biblioteca como costumava fazer e desviou o caminho para deixar um bilhete na casa do professor", disse Phair.

Recompensa

Por ironia, o professor não estava em casa pois tinha ido a uma reunião na Sociedade Astronômica Real, em Londres, onde havia muita especulação sobre o nome que seria dado ao nono planeta.


Herbert Hall Turner foi um dos astrônomos mais famoso da Grã-Bretanha

"Nenhum deles pensou em Plutão. Este foi outro golpe de sorte", disse Phair.
Quando Madan finalmente conseguiu conversar com Herbert Hall Turner, o astrônomo concordou que Plutão era uma sugestão excelente.
O professor prometeu enviar um telegrama com a sugestão para o Observatório Lowell. A partir daí, Phair não ouviu mais sobre o assunto durante um mês.
No dia 1º de maio de 1930 o nome Plutão foi oficialmente adotado. Quando a notícia foi tornada pública, Madan deu uma recompensa de cinco libras para sua neta.
"Isto era inédito. Como avô ele gostava de ter uma desculpa para generosidade", disse Phair.
Phair nega os boatos que se espalharam anos depois da descoberta de Plutão, de que ela teria dado a sugestão do nome a partir do personagem criado pela Disney, o cão Pluto (Plutão, em inglês), também criado em 1930.
"As pessoas falavam: 'Ah, ela deu o nome por causa do cão'. Já foi provado que o cão foi nomeado depois do planeta. Então, fui inocentada", disse.

Iniciais

O nome foi, aparentemente, adotado para o nono planeta não apenas porque era um dos poucos da mitologia clássica que ainda não havia sido usado, mas também devido ao fato das duas primeiras letras serem as iniciais de Percival Lowell, o astrônomo que nomeia o observatório onde Clyde Tombaugh, o descobridor de Plutão, trabalhava.
Com o outro astronômo, William Pickering, Lowell, adivinhou a existência de um outro planeta. Clyde Tombaugh encontrou Plutão durante uma busca sistemática pelo planeta.
Venetia Phair ainda tem os recortes de jornal a respeito do batismo do planeta Plutão, colecionados por seu avô.
"O professor que construiu o planetário no Centro Espacial de Leicester foi muito gentil e gastou muito tempo tentando nos localizar. Quando fomos visitar (o planetário), fomos tratados mais ou menos como realeza", disse.
Durante os anos ela tentou seguir os fatos relativos ao planeta que batizou, que astrônomos, atualmente, querem rebaixar.
Desde sua descoberta em 1930, astrônomos descobriram uma região inteira com objetos gelados, parecidos com Plutão, chamada Cinturão Kuiper.
Alguns cientistas agoram colocam Plutão na mesma categoria destes objetos do Cinturão de Kuiper ao invés de colocá-lo entre outros planetas.
"É interessante que, no momento em que eles rebaixam Plutão, o interesse parece ter aumentado. Na minha idade, fiquei indiferente ao debate. Mas em suponho que prefiro que Plutão permaneça um planeta", disse Venetia Phair.
Phair recebeu um convite da Nasa para assistir ao lançamento da missão espacial Novos Horizontes, do Cabo Canaveral, Flórida, mas ela afirma que, devido à sua idade, provavelmente terá que recusar o convite.

Fonte: Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/>. Acesso em: 19 jan. 2006.

Ambiente: A agonia do Gravataí vista do alto

Alunos, muita atenção a esta notícia. Possivelmente uma das questões do próximo vestibular. Universidades como a UFRGS e a PUCRS, “adoram” escolherem temáticas assim. Fala sobre nossa região, sobre uma questão ambiental e saiu na mídia.

"A estiagem e o saque de água levam o rio metropolitano a nível crítico

HUMBERTO TREZZI

Estrangulado por barragens clandestinas, esvaído pela seca, o Rio Gravataí está transformado num fio de água nas proximidades das suas nascentes. A chuva nutrida que despencou nos dois últimos dias sobre a Grande Porto Alegre deveria ter recuperado em parte o nível do Gravataí, um dos mais importantes afluentes do Guaíba. Isso não aconteceu.
O assoreamento do leito é tão grande e os desvios de água feitos por arrozeiros tão impactantes que os bancos de areia tornaram o portentoso Gravataí um riacho.
- Estão furtando a água do nosso rio - disse o prefeito de Gravataí, Sérgio Stasinski (PT), que teme ter de adotar uma medida incômoda e impopular, o racionamento.
Isso atingiria no mínimo 200 mil pessoas, sem falar em outras comunidades banhadas pelo rio.
Em sobrevôo de helicóptero com uma equipe de Zero Hora, Stasinski vistoriou ontem das nascentes à foz. O visual é chocante. Originado no Banhado Grande, rico manancial que se esparrama a partir de Santo Antônio da Patrulha, o rio logo é sangrado para suprir com água as lavouras de arroz.
Ontem foi possível registrar dois tipos de irregularidades cometidas pelos orizicultores, em Glorinha. A primeira é o uso de bombas de sucção que drenam o leito do rio - prática vetada, conforme acordo mediado pelo Ministério Público, quando o nível está abaixo de 60 centímetros no ponto de captação. Pelo menos uma bomba estava trabalhando. A segunda ilegalidade é a construção de barragens para que a água seja puxada para a plantação.
- Os agricultores privatizam o rio - resumiu Paulo Müller, presidente da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Gravataí, que de barco ontem tentava limpar o rio.
Mutirão de municípios amenizaria a imundície
Um terceiro fenômeno, não relacionado à agricultura, compromete o que resta do Gravataí. Na sua parte mais urbanizada, no limite entre Cachoeirinha e Alvorada, o rio é uma lixeira a céu aberto. O sinal mais explícito disso é a presença de milhares de pneus descartados na água e acumulados às margens.
O prefeito Stasinski propõe que as prefeituras do Vale do Gravataí façam faxina em mutirão. Ele pretende reunir colegas da região e pressionar o Estado a fiscalizar as lavouras de arroz. Sugere a construção de uma represa no Passo dos Negros, avaliada em US$ 10 milhões (cerca de R$ 23 milhões):
- Há financiamentos internacionais para esse tipo de obra, que regularia o fluxo para as lavouras e para o município, com controle estatal."

No limite entre Cachoeirinha e Alvorada, pneus se acumulam em um ponto quase seco do manancial fétido e fragilizado, um atentado que se volta contra a própria população da Grande Porto AlegreFoto(s): Ricardo Duarte/ZH

Fonte: Disponivel em: <http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/>. Acesso em: 19 jan. 2006

Wednesday, January 11, 2006

Algumas estatísticas






(FONTE: Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/>. Acesso em: 11/01/2006)

Reportagem da ZH Digital


Futuro

O mundo nas nossas mãos

O bebê na foto tem apenas um ano e quatro meses e não faz idéia de como estará o ambiente daqui a duas gerações. Poucos cientistas se arriscam a dar certezas sobre o futuro. Pelo ritmo de vida que levamos, a perspectiva para o planeta dos netos do pequeno Fernando não é nada otimista. Mais poluição, menos água. Mais lixo, menos saúde. Mais calor, menos verde e animais. Grande parte das causas do caos é conseqüência de ações humanas. O que significa que parte da solução está ao nosso alcance. Atitudes de grandes dimensões, como o Protocolo de Kyoto, que pretende diminuir a emissão de gases do efeito estufa, e pequenas ações do cotidiano, como separar o lixo fazem a diferença.

(FONTE: Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/>. Acesso em: 11/01/2006)

Tuesday, January 03, 2006

Os Nomes dos Períodos Geológicos:

Muitos alunos têm dificuldade de saber os nomes das eras geológicas. Períodos e Épocas então nem se fala. Os que respondem certo é porque decoraram; um conhecimento que logo se perde. Não somos a favor da chamada “decoreba”, isso não serve para a vida. Com relação a isso, é de mais fácil entendimento saber as origens das palavras com as quais lidamos. Acompanhemos o pequeno texto a seguir:Os nomes das eras, como Paleozóica ou Cenozóica, podem parecer estranhos, mas a origem dessas palavras nos ajuda a compreendê-las. O elemento –zóico significa “relativo à vida e/ou aos animais”; paleo, “antigo”; meso, “meio” e ceno, “novo”, “recente”. A ordem cronológica das três eras, da mais antiga para a mais recente, é Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica. Agrupadas, elas formam o éon Farenozóico, que significa “vida visível”.
Os nomes dessas eras terminam em –zóico porque, para estabelecer seus limites, foram considerados acontecimentos biológicos, como o desenvolvimento da vida animal. As rochas formadas durante o Proterozóico contêm fósseis de organismos muito simples, como bactérias e algas. Já as rochas do Fanerozóico (eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica) possuem fósseis de organismos complexos, como animais mamíferos e árvores frutíferas.

Os nomes dos períodos por sua vez têm diferentes origens. O Jurássico, por exemplo, é assim chamado por ter sido estudado nos montes Jura, entre a França e a Suíça. Já o Carbonífero recebeu esse nome por causa de características geológicas da época, na qual ocorreu formação de camadas de carvão; este também é o caso do Cretáceo, período em que ouve formação de cré, calcário branco poroso formado por conchas. Além disso, muitas vezes um acontecimento biológico ou geológico importante explica o fim ou o início: início do Cambriano – evolução dos vertebrados; fim do Cretáceo – extinção dos dinossauros; início do Triássico – desagregação da Pangéia.

FONTE: LABGIS – Laboratório de Geoprocessamento do Departamento de Geologia Aplicada da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 13 de fev. 2004. (Texto adaptado)

As Chuvas Ácidas



“Os principais componentes da chuva ácida são o dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, liberados por combustão de petróleo, carvão e gás. Além de danificar monumentos, como Taj Mahal, na Índia, a catedral de Colônia, na Alemanha, e a estátua da Liberdade, nos Estados Unidos, a chuva ácida mata plantas e animais, prejudicando o equilíbrio ecológico.” (VESENTINI, José William. “Geografia Geral e do Brasil: sociedade e espaço”. São Paulo: Ática, 2005, p. 377)

Em Geografia muito se estuda a respeito dos chamados “Fenômenos Climáticos”. Os mais conhecidos são o “El Niño” (com sua variante “La Niña”), a “Inversão Térmica”, o “Efeito Estufa”, as “Ilhas de Calor” e as “Chuvas Ácidas”. Escreveremos, hoje, sobre o último.Iniciamos esclarecendo que todas as chuvas são ácidas, mesmo as que se formam em ambientes não poluídos.Na formação da chuva sempre há a combinação do CO2 e de água H2O, que estão na atmosfera e que geram o ácido carbônico (H2 CO3) o que dá às chuvas uma ligeira acidez. Podemos chamar de “Chuva Ácida” apenas aquelas que apresentam uma redução anormal em seu pH. Quanto menor o pH, maior a acidez. Lembremos que o pH considerado neutro é igual a “7” (sete). É importante ressaltar que a chuva normalmente ácida, resultante da dissolução de dióxido de carbono, nunca ultrapassa um pH de 5,6. Regiões fortemente industrializadas e dotadas de uma enorme frota de automóveis como Londres, Nova Iorque e São Paulo chegam a emitir chuvas com um pH de 4, considerado muito ácido.As chuvas ácidas são, pois, fenômenos climáticos de escala regional ou local ocasionadas pela emissão de poluentes na atmosfera. Os principais elementos que acionam o fenômeno são o dióxido de nitrogênio (NO2) e o trióxido de enxofre (SO2) – este último é a combinação do dióxido de enxofre (SO2), emitido pela queima de combustíveis fósseis e de oxigênio (O2), presentes na atmosfera – .O aumento e a concentração das termelétricas, das indústrias, dos transportes (automotores), ou seja, o amplo uso de combustíveis fósseis, nas cidades, aumentou a emissão de trióxido de enxofre na atmosfera. 90% do trióxido de enxofre é eliminado pela queima do carvão mineral e do petróleo, e, pelo menos 70% do dióxido de nitrogênio é resultante da queima de motores a explosão (automóveis e outros). Hoje, segundo estatísticas, a emissão do primeiro tipo de gás está diminuindo. Isso é resultado de esforços coletivos e de pressões internacionais tais como Protocolo de Quioto e de novas normas de controle ambiental. A emissão do segundo tipo de gás, porém, aumenta. Isso se dá pelo crescimento da frota do transporte público, e, principalmente, pelo aumento da frota de carros particulares. Países como a Suíça e os EUA têm, respectivamente, 597 e 573 automóveis particulares para cada 1000 habitantes, o que dá no primeiro caso 1,67 habitantes por automóvel e no segundo 1,74 habitantes por automóvel; números, ao menos, impressionantes, sobretudo se tomarmos a população norte americana que, segundo estimativas para o ano de 2005 chegou a 300 milhões de habitantes. Isso nos dá a maior frota automotiva do mundo com cerca de 171 900 000 automóveis; mais automóveis que habitantes da sexta maior população do mundo, o Paquistão com 161 milhões de pessoas.Como as pistas e indícios já revelam, os países que mais contribuem para a emissão dos gases nocivos na atmosfera são os industrializados; o do hemisfério norte. Por esta razão, também, as chuvas ácidas são mais freqüentes nesses países. Principalmente nordeste da América do Norte e na Europa Ocidental. Mas esses fenômenos, também, já se verificam em outras regiões do globo, sobretudo em cidades onde há muita industrialização e quando ocorrem concomitantemente, de forma associada, fenômenos de “Inversão Térmica” e de “Ilhas de Calor”. A região de Cubatão em São Paulo é um bom exemplo disso.A chuva ácida acontece quando o trióxido de enxofre e o dióxido de nitrogênio depois de lançados na atmosfera se misturam à água que está em suspensão. Essa mistura gera três ácidos: o ácido sulfúrico (H2SO4), o ácido nítrico (HNO3) e o ácido nitroso (HNO2). Esses ácidos são muito mais corrosivos do que o ácido carbônico comum presente nas chuvas normais.As chuvas ácidas ocasionam a corrosão de metais, pinturas, monumentos históricos, e, como já foi dito, têm, por vezes, alcance regional. É o caso dos lagos da Escandinávia que estão se tornando acidificados graças aos lançamentos das indústrias situadas na Alemanha, Reino Unido e França, a centenas de quilômetros. O mesmo ocorre com lagos canadenses situados muito ao norte de regiões industriais. A acidificação das águas dos lagos mata todas as formas de vida ali presentes. Em termos biológicos é impossível a ocorrência de vida em pH menor de 2,3, porém, antes mesmo de atingir esse nível de acidez, muitas espécies morrem.Outro grave impacto causado pelas chuvas ácidas é a destruição enormes formações vegetais tais como a Floresta Negra, na Alemanha, que está morrendo lentamente. São verificados, também, nos animais e nos seres humanos problemas de pele e respiratórios.No Brasil, as chuvas ácidas ocorrem na região metropolitana de São Paulo, e no Rio Grande do Sul. Em São Paulo são resultantes das indústrias e dos automóveis. No Rio Grande do Sul são resultantes das emissões das termelétricas movidas a carvão, cuja poluição atinge até o Uruguai. O caso mais “famoso” e grave ocorreu em 1980 em Cubatão, município litorâneo de São Paulo. Lá as chuvas ácidas acabaram com a vegetação de pequeno e médio porte da escarpa da Serra do Mar, o que deixou o solo exposto e favoreceu na queda de encostas. O caso de Cubatão foi muito pior do que nos narram os livros e noticiários. Naquela época muitas pessoas morreram tendo suas casas “arrastadas” pelos desmoronamentos. Também houve nascimentos de crianças defeituosas, pois os pobres eram obrigados a beber da água contaminada com ácidos. Nos últimos anos, porém, a diminuição das emissões vem sendo controlada e a situação vem se revertendo quase totalmente.
Principais idéias e informações do texto:
- Fenômenos climáticos citados:
· El Niño (bem como sua variante “La Niña”);· Inversão Térmica;· Efeito Estufa;· Ilhas de Calor;

- Fenômeno climático estudado:
· Chuvas Ácidas.
- Todas as chuvas são ácidas, mesmo que se formem em ambientes não poluídos;
- Na chuva normal há presença de CO2 (gás carbônico) e H2O (água). Misturados geram o H2 CO3 (ácido carbônico) = chuvas ligeiramente acidas, normais;
- Chama-se “Chuva Ácida” aquela que apresenta redução anormal de pH; menor de 5,6;
- Quanto menor o pH, maior a acidez;
- O pH considerado neutro é 7;
- Regiões como Londres, Nova Iorque e São Paulo chegam a ter chuvas com pH de 4 = muito ácido;
- O que torna a chuva ácida: dióxido de nitrogênio (NO2), trióxido de enxofre (SO2), este último resultado da combinação do dióxido de enxofre (SO2) emitido pela queima de combustíveis fósseis e de oxigênio (O2), presentes na atmosfera;

- A chuva ácida acontece pelas atividades de:· termelétricas;· indústrias;· transportes (automotores e outros);· uso de combustíveis fósseis;
- Nas cidades:· 90% do trióxido de enxofre é eliminado pela queima do carvão mineral e do petróleo;· 70% do dióxido de nitrogênio é resultante da queima de motores a explosão (automóveis e outros motores);
- Segundo estatísticas a emissão do trióxido de enxofre diminui. É resultado de acordos como Protocolo de Quioto (ou Kyoto) e leis ambientais;
- A emissão do dióxido de nitrogênio aumenta. Resultado do crescimento da frota de automotores;- Suíça e EUA têm, respectivamente, 597 e 573 automóveis particulares para cada 1000 habitantes;- As chuvas ácidas ocorrem mais fortemente em países industrializados, do hemisfério norte = nordeste da América do Norte + Europa Ocidental;- Esses fenômenos se verificam em São Paulo;- São agravados quando associados com “Inversões Térmicas” e “Ilhas de Calor”;

- Os ácidos gerados na chuva ácida são produto da mistura do trióxido de enxofre e do dióxido de nitrogênio + água, o que gera:
· ácido sulfúrico (H2SO4);· ácido nítrico (HNO3);· ácido nitroso (HNO2);

- As chuvas ácidas ocasionam:
· corrosão de metais;
· corrosão de pinturas;
· corrosão de monumentos históricos;
· acidificação de lagos na Escandinávia;
· acidificação em lagos canadenses;
· destruição formações vegetais como a Floresta Negra, na Alemanha;
· problemas de pele e problemas respiratórios nos seres humanos e animais;
· acidificação das águas, o que mata as formas de vida;

- Biologicamente é impossível de vida em pH menor de 2,3;
- No Brasil as chuvas ácidas ocorrem em São Paulo e no Rio Grande do Sul;
- São Paulo = resultantes das indústrias e dos automóveis;
- Rio Grande do Sul = resultantes das termelétricas a carvão;
- O caso mais grave aconteceu na década de 1980 em Cubatão = destruição da vegetação de pequeno e médio porte da escarpa da Serra do Mar, ocasionando graves conseqüências.
Bibliografia pesquisada:
(VESENTINI, José William. “Geografia Geral e do Brasil: sociedade e espaço”. São Paulo: Ática, 2005)
(MOREIRA, João Carlos. “Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização” São Paulo: Scipione, 2004)