Thursday, March 16, 2006

Cientistas americanos criam 'nanomapa' das Américas

Cientistas americanos juntaram pedaços de moléculas
de DNA numa
forma que lembra o mapa das Américas, no que é o menor mapa já
feito.
Microscópio atômico é necessário para visualizar o mapa

O micromapa mede apenas poucas centenas de nanômetros (um bilionésimo de metro) de largura – tamanho menor até do que algumas bactérias –, numa escala de 1 para 200 trilhões.
O resultado da experiência, realizada no Instituto de Tecnologia da Califórnia, foi publicado na última edição da revista Nature.
Segundo os pesquisadores responsáveis, a técnica poderia ser usada no campo emergente da nanotecnologia, que busca desenvolver novos materiais, dispositivos e sistemas por meio da manipulação de moléculas e átomos individuais.
Além do mapa das Américas, a equipe de pesquisadores americanos usou a técnica de juntar pedaços de DNA para criar meia dezena de formas, incluindo um quadrado, um triângulo, uma estrela de cinco pontas e uma cara sorridente.
As técnicas para juntar pedaços de DNA para compor formas específicas ou mesmo produzir dispositivos com comportamento semelhante ao de máquinas já haviam sido desenvolvidas anteriormente, mas o estudo dos pesquisadores da Califórnia teria desenvolvido um processo de manipulação mais fácil e mais rápido.
(FONTE: Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/. Acesso em: 16 mar. 2006.).

Wednesday, March 01, 2006

Água: Opinião.




28 de fevereiro, 2006 - 08h42 GMT (05h42 Brasília)
Lucas Mendes: Águas furadas
“Água com gás, sem gás ou água do Koch?"
Não entendi a pergunta do garçom. “Que água do Koch?”
A expressão nasceu de 70 para 80, quando a Perrier chegou a Nova York.
Desde então, a água da torneira da cidade leva o nome do prefeito. Agora bebemos a água do Bloomberg.
Além de ser de graça, a água da torneira é muito melhor do que a engarrafada, que em alguns restaurantes custa até US$ 12.
Mesmo comprado no supermercado, um litro custa duas mil vezes mais caro do que a água da torneira.
Água engarrafada é uma das enganações mais bem-sucedidas dos últimos 40 anos.
Boatos
Minas, meu Estado, é farto de águas minerais, mas elas só entravam lá em casa em ocasiões especiais.
Eram caras. Depois veio o boato de que eram radioativas e davam câncer.
Nossas maravilhosas Cambuquira e São Lourenço não podiam nem entrar nos Estados Unidos.
Não sei se não entram porque têm algum problema ou se é porque falta verba para concorrer com mais de 200 novas águas que são lançadas nos Estados Unidos todos os anos e que em 2004 faturaram US$ 9 bilhões.
Só perdem para os refrigerantes, mas não vai ser por muito tempo.
O mercado de água cresce 10% ao ano, um número recordista entre todas as bebidas.
Quarenta por cento destas águas são mesmo da torneira, mas passam por algum tratamento para efeito de promoção e são lançadas como fontes mágicas e possantes de energia.
Do ponto-de-vista de saúde são inúteis e, algumas, perigosas.
Num teste recente com 38 águas, 27 delas importadas, 14 tinham contaminações que são inaceitáveis na água do Bloomberg ou de qualquer outro prefeito americano.
E não há crime porque, por lei, a água de garrafa não precisa passar pelos mesmos testes da água da torneira, mas o maior veneno talvez não esteja na água, e sim nas garrafas de plástico feitas de petróleo.
Excelentes poluidoras, 30 milhões são jogadas por dia em lixos não reciclados.